terça-feira, setembro 27, 2005

Vindimas no Douro: um fim de semana


Era um fim de semana que tinha tudo para correr bem. E tudo correu maravilhosamente bem. No Douro.
Sábado, a horas impróprias (umas inimagináveis 7.00h da manhã!), arrastamo-nos para a belíssima estação de São Bento. Tenho há muito tempo um gosto especial por estações de comboio, e São Bento é uma das (pequenas) estações que tanto gosto.
O destino: o Douro, mais propriamente a Quinta Nova de Nossa Senhora do Carmo. A viagem, que durou cerca de 2 horas até ao apiadeiro de Ferrão, foi feita grande parte à beira rio... E o olhar, sobretudo em época de vindima, perde-se na busca daqueles pequenos traços longínquos, consumidos nos socalcos, que afinal são pessoas.
Pouco depois saímos do comboio num pequeno pulo, já no Cima Corgo, próximo do Pinhão, e encontrámos a "Quinta Nova" com uma exposição solar magnífica e 1,5 km de extensão ao longo da margem do rio Douro. À nossa espera, mais de 120 hectares de vinha (a maioria vinha nova), o primeiro hotel rural vinícola, e a simpatia dos gerentes.
Um pequeno passeio pela quinta (durante muitos anos ligada à família Burmester), uma visita à vindima, um pic-nic reforçado e uma sesta. Só o sossego daquele vale, vale tudo.
Antes, ainda uma visita à adega em pleno labor.
No jantar, em sala aprumada como de resto toda a quinta, provou-se um Porto branco de aperitivo (bom), acompanhou-se a refeição com o Casa Burmester Reserva (T) 2002 (também bom, mas pensávamos que fosse melhor) e terminou-se com uma prova de vários Portos tintos feitos na quinta. De todos os que bebemos, dormimos com saudade do LBV 2000.
Já no Domingo, após o pequeno almoço, foi hora de mais comboio até ao Pinhão e depois um magnífico cruzeiro até Gaia. Um fim de semana em cheio, e aqui tão perto.