sexta-feira, março 03, 2006

Casa de Santar Touriga Nacional (T) 2000


O actual topo de gama deste clássico produtor do Dão superou finalmente o maior defeito (seria feitio?) que sempre demostrou o seu vinho "Reserva". De facto, os "Quinta do Santar Reserva", colheita após colheita, vinham a deixar-me um travo a madeira queimada na boca e um nível de concentração abaixo do desejado e esperado.
Pois bem, o actual topo de gama é um monocasta Touriga Nacional e é um espanto. Aliás, soluciona de uma assentada as duas referidas "imperfeições".
Assim, com uma cor violeta escura (roxiada), e um aroma terrivelmente vinioso onde notas florais a percorrem uma vasta gama de sentidos, fomos imediatamente seduzidos.
Muito activo no nariz, notas verdes e vegetais (um leve bouquet a arbustos e erva selvagem), e álcool em quantidade. Na boca manteve persistente e muito completo, cheio, com um corpo significativo (bem melhor do que o "Reserva", mas ainda longe do que melhor se faz nesta matéria) e um final médio/longo.
Sem ser uma “bomba touriga” - hoje cada vez mais em voga em diversas quintas da Beira, mas para os quais é preciso acompanhamento correcto -, mostrou-se um monocasta superior, dócil, demostração evidente que nem sempre o excesso de força é a melhor qualidade de um vinho. Bom ++.
A menos de € 20 nas garrafeiras de qualidade.

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