quarta-feira, agosto 17, 2011

de França

Egly-Ouriet Grand Cru Vieillissement Prolongé
Egly-Ouriet Premier Cru "Les vignes de Vrigly"

Tenho deliciado-me com os champagnes Egly-Ouriet faz tempo, mas sempre fora do nosso querido país, e por regra em restaurantes caros com garrafeira selecta. Em Portugal nunca os encontrei. E, contudo, são dos meus preferidos, por serem complexos e potentes; mais aptos a acompanhar um menu completo do que aperitivos; mais aptos para a mesa do que para o namoro... E, pois claro, são mais baratos que os Krug.

A boa notícia é que estão, finalmente, disponíveis em Portugal em algumas garrafeiras (dizem-me que mais para o norte do que para o sul do país). Estes dois champagnes foram provados lado a lado, com o Grand Cru extra-bruto, cheio de acidez e ainda assim elegantíssimo, a ganhar um ligeiro avanço, sobretudo pela nossa preferência pelos "pas-dosage" (17,5+). E isto porque o "Les vignes de Vrigly" brut é muitíssimo interessante, complexo e intenso, um lote exclusivo de Pinot Meunier (17,5) de uma vinha recentemente adquirida pelo produtor que não sendo Grand Cru tem tudo para o ser. Não deixa de ser curioso ser um vinho de uma só vinha (o que não é muito comum na região) e logo da casta que geralmente fica na sombra da Chardonnay e do Pinot Noir.

Sita num dos melhores terroirs para Champagnes - Ambonnay - os segredos do sucesso são uma agressiva monda em verde no Verão (o que leva a uma limitadíssima produção), o prolongado tempo de estágio, e o carácter seco dos vinhos (todos muito "brutos"). São, como se diz por aí, "a nossa praia" em termos de perfil!

Também há um tinto de Pinot Noir, relativamente raro e não barato, que é dos melhores da região (com a denominação "Coteaux Champenois" que, não sendo muito conhecida, pode original óptimos vinhos, sobretudo nos anos mais quentes) a lembrar alguns Borgonha, mas que não será (julgo) importado.

Sem comentários: