quinta-feira, junho 27, 2013

Loureiro under the rocks

Agora que o calor finalmente chegou, aconselha-se em força os brancos, e nada melhor do que verdes frescos e leves. Na foto à direita encontram-se alguns dos melhores Loureiros no mercado: Muros Antigos, Quinta do Ameal, Royal Palmeira. Mas muitos outros existem e cada vez melhores!

sexta-feira, junho 21, 2013

Novidade

Duorum O.Leucura Cota 200 (t) 2008
Duorum O.Leucura Cota 400 (t) 2008

Lançar dois vinhos da colheita de 2008 em meados de 2013 já é uma provocação ao mercado. Lançar um vinho com o nome comercial de 'O.Leucura' (nome técnico de um pássaro conhecido por chasco-preto), mais ainda. E lançar, não um, mas dois (!) 'O.Leucura' em simultâneo, provenientes de blends de vinhas de diferentes altitudes (de 200m e 400m, respectivamente) é quase uma loucura... será?

Mas vamos às notas de prova. Provados lado a lado na espectacular Quinta de Castelo  Melhor - a actual base do projecto Duorum sita entre Foz Côa e a vila de Castelo Melhor que empresta o nome à quinta. 

  • O Cota 200 é, dos dois, o mais profundo nos aromas, com muita fruta negra, sedutor e a dar prova generosa na boca, incluindo um final em potência. Está também mais compacto e fechado do que o seu irmão de maior altitude e, a nosso ver, com boas expectativas de evolução.

  • O Cota 400 é indubitavelmente mais fresco, com um aroma mais limpo, onde a fruta bonita se mistura bem com referência florais típicas da Tourigas (Franca e Nacional). Tem uma prova exuberante, e está muito apetecível desde já. Bebido agora está a dar uma prova mais acessível do que o irmão de menor altitude. 

quinta-feira, junho 20, 2013

De Espanha

Ganko El Cabezola (t) 2009


Mais uma prova do que Rioja - e, sobretudo, Rioja Alta - é capaz de produzir, desta feita num registo totalmente diferente do habitual, ainda que de moderna enologia.

Quem o produz é Olivier Rivière, vitivinicultor francês com formação em Bordéus e Borgonha. Muito fresco, gastronómico, com elegantes notas a fruto encarnado bem misturadas com referências salinas e iodadas muito interessantes, num conjunto de grande equilíbrio e boa complexidade.

Um autêntico mimo feito a partir de Tempranillo e Garnacha e envelhecido em barrica de carvalho por 12 meses. Não tem, por ora, importador em Portugal.

segunda-feira, junho 17, 2013

Novidade

Herdade do Rocim (t) 2010


Mais uma edição deste alentejano 'todo-o-terreno' (para o 2009 ver aqui). Bonita fruta no nariz, corpo médio a beber-se muito bem. Sem muita extracção, sem muitos excessos aliás, está um tinto agradável e a deixar saudades. Gastronómico e generoso na prova, não há como não gostar. O preço também ajuda, bem como a facilidade em o encontrar na distribuição. Assim sendo, não é preciso escrever muito mais...

sábado, junho 15, 2013

Reportagem

Manhã de trabalho na Barbeito (Madeira) com Ricardo Freitas 




 Os Vinhos Madeira com maior precisão são os da Barbeito e é tudo culpa de Ricardo Freitas. São vinhos frescos, elegantes e de grande harmonia. 


Tais não são os adjectivos mais comuns quando falamos de Madeiras, sobretudo velhos, mas é por isso que os Barbeito têm cada vez mais o seu lugar. Foi uma manhã fantástica aquela!


terça-feira, junho 11, 2013

Prova

Aphros Loureiro (b) 2011

Um caso muito sério este Loureiro biológico de Ponte de Lima, a juntar a outros que têm impulsionado esta casta a um patamar de quase excelência. Se há vinhos centrados mais na mineralidade (caso dos Quinta do Ameal, especialmente com alguns anos - a prová-lo o 2004 em excelente forma), este é mais focado na subtileza, na menor expressão aromática e pureza do frutoO produtor, galardoado na última cerimónia dos Prémios da RV como 'Revelação do Ano', tem mais vinhos, sempre com Loureiro (mas não só) nos brancos, e um interessante Vinhão nos tintos. A enologia é de Rui Cunha e de Pedro Bravo.

Desde logo, um portento visual no copo: límpido na cor e cristalino como se um raio o iluminasse. Muito subtil, aromaticamente preciso e sem exuberâncias desnecessárias, notas florais delicadas e ligeiro limonado. Corpo muito bem desenhado com a técnica sur lies a ser utilizada apenas para beneficiar o vinho, tornando-o mais junto e compacto. Final de boca prolongado, com vigor, mas mantendo sempre a subtileza.

Um belíssimo branco a adquirir por cerca de 12 EUR, com sorte talvez nos alfacinhas Miosótis ou Goliardos de acordo com o produtor. (17)

domingo, junho 09, 2013

Prova

Sino da Romaneira (t) 2010

Vem numa garrafa de meio litro, o pode ser útil para um jantar a dois em que não se pretende beber uma garrafa com 75cl (ou então apenas para uma pessoa com muita 'sede de vinho' o que não se recomenda). Lembro-me que, já em tempos, as edições especiais do Domingos Soares Franco também vinham com a mesma capacidade e nós gostávamos disso.

Quanto à prova: leve no copo, com cor pouco carregada e corpo esguio. Nariz muito floral com apontamentos de fruta bonita, mas tudo directo sem grande complexidade. A prova de boca, muito focada no fruto, tem um final ligeiramente doce que fará as delícias de alguns (mas não é tanto o nosso caso).

Preço cordato para um vinho da famosa Quinta da Romaneira - entre os 5 EUR e os 7,50 EUR - mas não propriamente barato (mais a mais com a crise) se for entendido como um tinto para o chamado dia-a-dia. Em qualquer caso, adequa-se à qualidade apresentada, que é boa, e está presente na cadeia Pingo Doce o que assegura acessibilidade. (15,5)

domingo, junho 02, 2013

Prova especial

Prova de vintages de Quinta do Douro Superior


Fomos responsáveis pela prova comentada de vintages do Douro Superior na recente segunda edição do 'Festival do Vinho do Douro Superior', organizada pela RV. Em prova estiveram vinhos de anos diferentes e apenas de uma só quinta, ou seja, cujo lote final não era o resultado de um blend de vinhos de várias quintas.

Esta prova é amplamente justificada, desde logo pelo facto do Douro Superior permitir - pelo clima essencialmente, entre outros factores - a criação de vintages muito interessantes sem necessidade de lotes do Cima Corgo (ao invés, os vintage clássicos nascem das quintas do Cima Corgo mas quase sempre o lote fial comporta também vinhos do Douro Superior).

Os favoritos do público que encheu a sala foram o Qta de Vargellas 2001 (Taylor's), o Qta da Nossa Senhora da Ribeira 1999 (Dow's), o Qta da Ervamoira 2007 (Ramos Pinto), e o Qta do Arnozelo 2009 (Burmester).